domingo, 20 de novembro de 2011

Sem um rei, ou anáx como era chamado o rei grego da idade do bronze, as normas eram feitas pelos próprios cidadãos. Entende-se cidadao como aquele dono da propriedade privada. O Estado nao existia, era um espaço de decisoes coletivas, assembleias para resoluçao de problemas. Cada cidade-estado possuia suas próprias normas, mas sempre em destaque a discussao.
Os espaços publicos das cidades, sao os centros urbanos: templos, praça do mercado, porto, a Ágora dentre outros . Todos esses espaços usados pelas pessoas  a fim de normatizar a cidade, templos para os cultos, praças do mercado para o comercio e podendo ser usada para as assembleias, o porto para a sociedade comercializar com os estrangeiros e a Ágora onde se passava boa parte da vida pública, discutindo, debatendo, pensando em soluções para a cidade em sua totalidade. Toda a cidade cercada por muros, que defendiam-a de ataques pelos de fora.


"Não se poe mais em destaque um personagem único
 que domina a vida social, mas uma multiplicidade de funçoes que,
 opondo-se umas às outras,
 necessitam de uma divisão, uma delimitação recíprocas."
VERNANT, Jean-Pierre

O que tornou essas cidades-estados gregas grandes centros de pensamentos foi a formaçao das identidades de ser cidadão. Pertencer a comunidade trazia os beneficios que formaçao da cidade propunha ao seus moradores. Poder discursar na Ágora, poder participar do exército e da defesa da cidade, participaçao também nas festividades, crenças, relações pessoais. Era o próprio ato de cidadania e politica.
Existe três  meios de identificar os não cidadãos. Um era o estrangeirismo, o estrangeiro que habitava na cidade, embora integrados nas relações econômicas e sociais, nao eram cidadãos, pois nao eram de origem das cidades. Outro meio era as invasoes ou construçoes de aldeias gregas em outras comunidades do mediterrâneo, os nativos dessas regioes nao tinham direito de ser cidadao grego. Por ultimo os escravos, que se encontravam sob o poder de seus donos, que tinham poderes sem limites em relaçao a sua posse. Todos esses três povos, apesar de morar em meio aos gregos e trabalhar na sociedade, nao tinham os direitos dos cidadãos gregos.

Surgimento da Pólis Grega

As cidades-estados gregas, surgiram num contexto de grandes mudanças econômicas e sociais. Os grandes impérios do oriente precisavam obter matéria prima, principalmente o ferro. No seculo XI a.C passam a buscar o ferro nas sociedades mediterrânicas. Essa busca dinamiza o mediterrano e traz um grande aumento populacional e um desenvolvimento dessas sociedades, tais como os gregos e os macedônicos.

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A base das cidades-estados gregas é a ausência de um Rei, mas é preciso proteger a cidade,  portanto os os proprietários de terra se juntam para se proteger e resolver os problemas entre eles. Basicamente a Pólis Grega surgiu para a ratificação do poder comunitário de cada comunidade agriculta na Grécia. Esse poder comunitário era visto em todas as esferas. O exército e o ato de ser um cidadão com direitos são alguns desses exemplos de união e poder dentre os iguais, proprietários da terra.

 O exército das póleis gregas era composto seus próprios cidadãos. E a resolução dos problemas era feita por mecanismos públicos, onde a tomada de decisão era coletiva e cada proprietário de terra tinha por direito discursar e ser ouvido na Ágora.

Referencia Bibliografica: GUARINELLO, Noberto Luiz. "Cidades-estado na Antiguidade Clássica". In: PINSKY, Jaime; PINSKY, Carla B. (Org.) Historia da Cidadania. São Paulo: Contexto, 2003.

Apresentação

Esse blog foi criado para a disciplina Antiguidade e o Pensamento Clássico, do terceiro período do curso de História da Universidade Federal do Triangulo Mineiro (UFTM). Disciplina ministrada pelo professor Alex Degan.
Apresentaremos alguns métodos que podem ser usados por professores para o ensino das Polís gregas e da Era Helenística tanto nos ensinos fundamentais e médio, como no ensino superior.

Nosso grupo é formado pelos seguintes alunos:
Ana Maria
Artur Borges